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sábado, 26 de novembro de 2011

Era casa era jardim

Era casa era jardim
Noites e um bandolim
Os olhares nas varandas
E um cheiro de jasmim...
Era um telhado um pombal
Melodia e madrigal
E ninguém nem percebia
Que o real e a fantasia
Se separam no final...

Adeus, à Deuses. Ao azul escuro ou claro. Até lá, o longe mais proximo que conheço. Adeus!

O imprevisto acontece e alguém te encontra. e te reencontra. te reinventa. te reencanta. te recomeça.

Não perca o agora, o hoje e tudo o que está ao seu redor. Principalmente as pessoas. Pois, se não notou, é por elas que você busca grandes coisas. De todos os abraços que você dá, nunca saberá qual deles será o de despedida.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

um dia, talvez

Fico assim, meio sem jeito.
Rodopiando ideias que não consigo segurar. Estou certa de que estou errada.
Quem dirá o que é certo sou eu, e eu sempre estarei certa.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011


É preciso ter pra ser ou não ser... eis a questão?
Ter direito ao corpo e ao proceder... sem inquisição!
A impostura cega, absurda, imunda... a quem convém?
Essa hetero-intolerância-branca... te faz refém!
Esse mundo não vale o mundo meu bem!

Grita a terra mãe que nos pariu: - parou!
Beleza de natureza vá e vil... cegou!
Ser indiferente ao ser diferente... é sem senso!
Agoniza um povo estatisticamente, seu tempo!

Na maneira, que for!
Na bandeira, na cor!

Colonizam o grão
"as dores da estação"
Somos massas e amostras!

Contaminam o chão:
"família e tradição"
Nossas castas e encostas!

Nossa tristura destemperada!
Nosso parecer!

Esse mundo não vale o mundo meu bem

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ali começaria um novo fim

Ela estava com calor, mas não queria fechar a janela para o ar circular dentro daquele quarto, o céu era a única coisa em que alegrava aquela triste noite feita por uma briga com um principio idiota.

Seus olhos exalavam toda dor que sentira, olhando para o céu e via a luz branca sobre as nuvens negras, a escuridão esconde o que a lua haveria de mostrar, por um tempo ela parou olhando para o teto, parece morta, mas as lágrimas continuavam a cair, depois de tanto grito sua garganta doía, mas ela estaria um tanto feliz, por uma única vez a sua dor não veio acompanhada de ira, ela sente apenas tristeza.

Estava agradecida por ter chegado até ali e sentia-se na obrigação de continuar. Sabia que sofreria mais, que perderia, mas que ganharia bem mais, ela reconhece as coisas como são, na teoria, mas naquele quarto, naquela cama molhada, em que as lágrimas vaziam estampa na coberta branca, ela estava com sua cabeça dormente, como alguém que já não sentia mais dor. As lágrimas saíam de seus olhos por reação, apenas.

Ameno dori me. Omenare imperavi. Ameno.

Era morto e gélido e minhas mãos ardiam, um dia caí e vi sangue esse sangue limpou as feridas e virei mais sangue, sou o sangue sem gravidade e hoje flutuo. O tempo e espaço não estão presentes até virar meus olhos e olhar para a memoria. Lá tem um jardim, quando virei sangue o jardim mudou, era morto e gélido, mas minhas mãos de sangue aqueceram o lugar, pude ver no horizonte uma parte nova, era verde. Quero chegar ao verde, sigo a água que me trouxe até aqui, a correnteza é forte e não consigo toca-la, mas só em estar ali perto, já sacia a minha sede. Um dia caí, tropecei, distanciei da água e veio um soldado, nele havia luz e não vi o seu rosto, havia luz. Estava num cavalo, foi breve, mas recordo muito bem, ele me levantou e retornei a andar. Ele retorna quando caio, mas não quero cair, isso atrasa minha ida ao horizonte de mata verde. O dono desse lugar onde ando tem saciado minha sede, as poças em que escorre de meu corpo regam o solo em que tenho pisado, viram frutas e posso comer, não tem me faltado nada.
Rei eu te sinto perto, mas quero chegar ao horizonte distante, o horizonte verde. Lá eu sinto que vou sonhar, ao sonho do sonho em que vivo. Acabará a dor e o sufoco, retira a dor, por favor, retira à dor, a ferida aberta o sangue cura. Retira a dor. Ardor. Queimou. Escorre em mim o sangue. Ardor. Amor. Obrigada; Senhor.